terça-feira, 27 de maio de 2014

BICO DE PENA, muito prazer - pode me chamar também de Obra de Arte




Dizem que o mundo começou pelo verbo...  desconfio que possa ter começado com traços, por que não? Traços que nunca são ao acaso, por vezes começam ao acaso, mas de certo não terminam sem propósito, no vácuo existencial, antes, porém, dão visibilidade ao detalhe, reinventam o espaço do encanto ,por vezes, subvertem a realidade à lógica do deslumbramento da alma. E quem disse que os traços que produzem arte terminam? rs.. Eles são infinitos, porque não pertencem apenas às mãos habilidosas que os manejam como um esgrimista-mestre dos riscos e rabiscos. Depois de o criador dar forma final à sua obra de arte, tateando a tela, espreitando e farejando a perfeição, ela passa a não ser mais dele, vira domínio público, universal,  a gente não só aprecia como se sente parte dela. O criador, portanto, fica órfão da criatura no ponto derradeiro do último traço.. e a mágica acontece a partir de então, no encanto do prazer estético que comove multidões, na dança dos traços infinitos das quimeras do espírito, na velocidade delicada do bater de asas de um Beija-flor, nos jardins onde a primavera vem suavemente se debruçar - Graças Deus!!