sábado, 30 de agosto de 2014

OS AVIÕES DA ACADEMIA E O SILÊNCIO DO CUMPADI

Um barulho da peste, a feira estava aberta, era mais um dia de treino na academia... rolava resenha de tudo que você pudesse imaginar, começando por drogas anabolizantes e os projetos de Miss Delícius e Diliças 2015, passando pela tentativa sempre vã das descobertas dos segredos das meninas por trás dos olhos brilhantes, sorrisos escrotos de canto de boca, sob os sinais de alerta vindos dos Iphones e Androids, e chegando até à façanha do Bahia diante do Colorado. Incrível!
Daí me chega na academia uma filha de mãe e pai - não quis ver os detalhes, por isso não vou descrever, - mas foi uma onda, porque a entrada dela no recinto provocou um dos silêncios mais longos que já presenciei, só quebrado por um " uuuh, maiiinha, danaaada..." quase sussurrado, e eu gargalhando feito bobo das reações, porque as manifestações provocadas pela criatura não pararam no fã do Cumpadi Washington. Logo uma marombeira gritou para o instrutor que estava igualmente atônito:

- cadê você, fulano? pow tá quebrando meu treino? Bora, bora, tô te pagando pra quê, sinha misera? Ah... Isso não vai prestar não, viu!

Virei rapidamente em outra direção pq escutei um: - "Aaiii, doeu, sua cabrunca. Tá louca?" a outra beliscou o namorado e disse "Oooolhe, você. Você, você". E eu rindo, minha malhação foi embora.

Marmanjo derrubando peso, barra e as porra toda, se contorcendo para encontrar o melhor ângulo do espelho para olhar a criatura; nego, branco e pardo parando série na metade; patricinha chiando " iiiiiiiihh, a academia tá um saco"; biba largando " hoje tá O erro, a treva, o "Ó". E eu só sabia rir.

Por fim, lançaram lá um cd pirata de forró. Uma mulher bateu palmas tão forte e alto que tirou a rapaziada do transe, e gritou meio de sorriso amarelo " É AVIÕES, galera" .
Um coroa largou baixinho: - não, minha amiga, "É O AVIÃO".

- NÃO, MEU COROA, ali é um foguete, nave espacial, ET, entidade maligna, discórdia, fim de casamento - O demônio. Falou o observador.

Aaah, era até ajeitadinha. Rs... Vamu malhar, meu povo!!!

HOMOFOBIA OU ATIVISMO GAY? - ELAS ESTÃO DESCONTROLADAS



É bom dar uma olhada no que diz o dicionário Aurélio sobre o conceito de HOMOFOBIA, para a galera não ficar se passando sobre a opinião das pessoas. Ser contra casamento gay não faz ninguém ser homofóbico ou se enquadrar em tal conceito. E antes que me interpretem mal, eu sou super a favor que aconteça no civil. Tenho vários amigos homossexuais, inúmeros colegas de faculdade, guerreiros da causa, e que eles me desculpem pela minha discordância sobre o que pode ou não pode ser tachado de homofobia. Acredito que nem toda opinião contrária ao que reza o ativismo gay deve ser estigmatizada como homofóbica. Hei, filhote... a própria Igreja, por ser contra o casamento gay, também não pode ser enquadrada como homofóbica. É só uma questão de perspectiva. Mas acho também que ninguém deve ser fiscal da bunda alheia. Estamos num Estado laico e deve ser respeitada a vontade da maioria e até das minorias, sem nenhum tipo de proselitismo religioso. Se o país tem uma grande e crescente demanda pelas questões relacionadas à causa gay, e como são igualmente cidadãos de bem, pagadores de iguais tributos, então que se garantam os seus direitos civis plenos, como já se percebe uma evolução nesse sentido nos últimos tempos. Agora... Só não se pode estigmatizar a opinião. Estamos no país mais católico do mundo, temos quase 40% de evangélicos, então nada mais natural que se tenha uma opinião contrária ao casamento gay. Isso não é homofobia.
Ai, meu Deus. Será que meu texto está homofóbico? Logo eu que sou fã da mistura, adepto da alegria sem limites ou restrições. Rs... pega leve com o painho!!!

quarta-feira, 13 de agosto de 2014

O MORTO-VIVO DAS ELEIÇÕES




Dá pra ver daqui os donos dos ternos impecáveis dos gabinetes do poder -juntos, formais, solenes, confabulando na sepultura do morto. Sabem como poucos que não é só um morto. É O GRANDE MORTO. Não é só o Pernambucano. É um brasileiro e sua história e sua legião de seguidores. Então o que farão?

Escuto daqui o congestionamento das secretárias eletrônicas, dança de reuniões, assessores batendo cabeça, embolados, falando do morto. Não é só um morto. Antes, quem sabe, seria uma massa de pernambucanos, de nordestinos? Quem há de saber? É um Brasileiro, como milhões a talvez mudar os rumos do que poderá vir no primeiro mês de 2015. Pergunta-se: - Votarão em nome do morto?

Dá pra ver daqui os artistas da confusão. Sinto daqui. É um nojo ver a ação dos vermes, coveiros da política, comensais de uma visão antiga de Brasil, discutindo estratégias de apropriação de um legado que ainda não estava estabelecido, mas sabia-se promissor. 

A sorte está lançada. Quem dá mais??

É a gerentona bipolar dos acertos impensáveis a lambanças e trapalhadas de causar constrangimentos internacionais?
O que fará de novo? Como pensar em renovação no terreno do mais do mesmo? É como pedir para o leão não ser mais um leão. Se as pesquisas são favoráveis, não há o que mudar. Correto? Putz!! Há sim. E o morto sabia disso!!   
O morto vem de uma terra de fortes e bravos, nos hectares onde lavoram, nem os leões sobrevivem, é árido demais, é quente, a vida é seca. Não toleram mais gerentões  de dedo enriste a dizer "não senhor, sim senhor". Isso no nordeste está acabando, graças a Deus.

Quem dá mais?
É um playboy das fazendas de leite e de gado, com aeroportos no quintal, que sabe como ninguém como EN(direitar).
Mas existe o morto. Tornar-se de direita nunca combinou com o povo do morto, pois não se comia muito bem no tempo da direita. Ora bolas, eu sei, são tempos modernos, contudo, a ressalva ainda permanece válida. Não dá para apagar a história. 

O que fará o Brasileiro?
Por hora,
Lamentará a vida do pernambucano
Enquanto roga a Deus por um bravo brasileiro que os represente. Ou melhor, brasileira!!! #FicaDica  

sábado, 9 de agosto de 2014

DIÁRIO DE UM ADOLESCENTE III - ADEUS, PERFEITA



Ontem me despedi dela , em frente aquele condomínio de imigrantes na Boca do Rio, tendo a certeza que foi pela última vez. Por coincidência, foi também a primeira vez que estávamos nos despedindo. Uma pena, porque de tanto rodar por aí, parceiro, te digo, com certeza, ali naquela jovem mora uma futura mulher perfeita. Ela não sabe ainda, naturalmente, mas será intitulada por muitos como "A MULHER". Compreende-se porque os sóis se passaram pouco para ela, não lhe dando as ferramentas da compreensão de que é uma mulher incrível, e tampouco faz ideia do poder que tem. Infelizmente, não poderei acompanhá-la, não me quer, e por vezes já se despedia de mim antes mesmo do primeiro e derradeiro encontro. Não fiz nada demais, só coloquei em prática o teste de sempre. Entreguei-me com a força de uma avalanche, uma carreta sem freios a caminho do precipício só para ver se me salvaria. Faço isso com o único objetivo de ver quem realmente é forte, porque sei que não sou uma pessoa fácil. Despejo intensidade, abaixo todas as minhas defesas, escancaro a alma, e me entrego numa bandeja com flores, plumas, enfeites e presentes, só para ver se a pessoa VEM COMIGO, se leva o pacote inteiro para dentro de casa, se encara ou sai correndo. Ela, a menina perfeita, não correu e nem ficou, apenas preferiu seguir, por isso já nos despedíamos antes mesmo do primeiro encontro. Não foi sinal de fraqueza. Ela só entendeu que não era para ser nós dois. E convenhamos, eu não mereço a menina que se apresenta hoje, e tampouco serei digno da grande mulher que será amanhã. - Ah, e sobre a história de sair correndo, "pera lá, inocente", ela desfila, é TOP, é capa de revista. Vixe... e quando ela desfila, aff... que espetáculo! Nunca vi nada melhor! PERFEITA!!
Vou sentir saudade de um futuro que não virá, de beijos infinitos que não daremos; de passeios intermináveis de mãos dadas nas cidades, ruas, breus, por aí, o que pudesse vir; dos abraços dos dedos que se tocam e se enroscam durante as sessões de cinema, dos olhinhos apertadinhos de sono num olhar face a face, nariz com nariz, a descobrimos juntos os segredos de nós dois, numa tentativa improvável de eternizarmos um momento perfeito, aquilo que poderia se chamar amor amanhã ou depois. Não será, eu sei, eu sei. E nada disso passou pela cabeça da menina mais linda do mundo. Tudo nasceu, foi imaginado, sonhado, construído e morrerá comigo, após findada mais uma página do meu eterno diário. Para ser franco, e para que funcionasse diferente, os dois teriam que adequar parte do mundo de ambos que é tão diverso, por vezes antagônico, para juntos construirem um cantinho compartilhado pelos dois, uma atmosfera que iria requerer um desejar muito profundo, uma maturidade experimentada, um cuidado enorme, uma união inquebrantável e um amor sublime. O meu canto sonhador perdeu para o racional: Somos impossíveis! Tudo em você me quer distante! Tudo! Eu entendo! Ou se não me quer distante, também não quer por perto como eu gostaria, que na prática é quase a mesma coisa.  contudo, foi uma honra ter podido senti-la tão pertinho. Honra de tantos outros sortudos que virão. Eu dei muito valor à minha vez, ao meu momento, sabendo que ela é uma joia que está por aí na vitrine. Só lamentei a minha estranha timidez dos tempos de guri, a minha falta de jeito incomum, embaraçado, sem saber onde tocar, o que fazer. Não é normal, nem combina com minha fama de mal. Talvez no 17º encontro eu conseguisse ser o dominador que já se acostumaram a ver por aí. Ontem foi o primeiro contato e, como poucas, ela viu o menino mais frágil que se pode apresentar. Rs.
Gente, não estou sendo claro com vocês, estou falando de alguém que tem o poder de parar uma guerra. Pronto! Tá aí, uma boa frase. Essa menina/mulher é capaz de parar uma guerra. Palestinos e israelenses, norte-americanos e iraquianos não pensaria em sangue, se tivessem uma mulher dessa qualidade para se encostarem nas noite frias de inverno. Ela calou o barulho do mundo em mim por algumas poucas horas, e eu me vi em paz. Agora entenderam, ou preciso desenhar? Querem uma foto? Puxa vida, foi tão rápido nosso encontro, tão estranhamente confuso que não deu tempo tirar uma foto, já é passado, sem ter virado história. Esteja lá onde estiver, adeus, minha linda, minha louca e desequilibrada, como gostava de te chamar, nossas páginas juntos não serão escritas, como minha teimosia queria, mas como sempre soubemos, porque não aprendi a lidar com um material tão nobre, com uma alminha tão linda, com diamantes tão raros. Você é única! Fique em paz, e siga encantando o mundo, porque no meu Universo interior, sempre inóspito, caótico, guerreiro e hostil, você já é majestade! O sonho está por aí... a minha guerra também!!

Um beijo!

sábado, 2 de agosto de 2014

HUMILDADE???

Seja tolerante com seus erros, menina. O mundo não é, mas você não precisa ser a palmatória dele, em desfavor de si própria, como num autoflagelo perpétuo retrô ao estilo Idade Média. Contudo faça isso por você, de consciência limpa, não pelos outros. Ninguém se importa muito com a medida da crítica ou nem com a forma correta de fazê-la. Então é você com você mesma. Baixar a cabeça para reconhecer erros pode ser um sinal de humildade, mas não permita que façam desse seu gesto a sua fraqueza, ou motivo de escárnio e campo aberto ao desrespeito, aquele que abre margem a ser praticado nas suas costas, palmas das mãos esfregadas no tribunal do julgamento dos tolos, gargalhadas escrotas na anti sala do crime, dedo duro da discórdia elencado como testemunha, vozes exaltadas dos discursos cheios de uma verdade construída ali onde você é a ré, num circo de horrores, apenas para te jogar para baixo, sem defesa, sentenciado ao silêncio para lamber as feridas dos seus erros que nunca cicatrizam. Mas, acredite, cicatrizam! Todo ser humano é capaz de se recuperar, vide aquele mutante famoso com garras de Adamantium.
Não se assuste, minha flor, com a pressão das minhas palavras, porque você bem sabe que tudo isso já passou. Não há mais dores, os seus fantasmas não te assustam mais, o dedo duro furou o próprio olho e está cego por aí, não há mais o tribunal dos justos, o criminoso já morreu. E não foi você. É humildade e não submissão. Levante a cabeça, menina, o por vir é lindo!!