Há
uma certa dose de frivolidade do lado de fora, LEVE E TRANQUILA, típica de quem
está apenas de passagem, jogando conversa fora enquanto bebe um café na bodega
do tio português, e há também alguma destruição isolada no espaço da lembrança,
a única porta aberta ao entendimento de um caminho de onde não se deve voltar,
como uma placa de alerta escrito “PERIGO”, pendurada numa árvore que você mesmo
plantou. É o espírito de quem aprendeu a dançar no terreno do caos. Gente assim não bate prego, nem faz reforma, e
sim, derruba a casa inteira, se refaz, se resigna, se reinventa, faz a curva da
mudança, e chega lá. Daí segue a pergunta inevitável:
-
Quais as histórias que poderiam estar escondidas por trás do teu sorriso?
Sei
lá, sai assim, natural, contudo digo que são muito mais do que experiências de
outrora. É mais um estado de espírito de quem hoje tem todo o roteiro à disposição,
não obstante, óbvio, termos apenas o scripts, e o roteiro de posse plena do
Todo Poderoso. Vai lá! Tá bom! Então por misericórdia e reconhecimento ao
esforço, ELE me deixa rabiscar os primeiros traços. A absolvição é individual.
O Renascimento é lindo. O milagre é compartilhado. O amor é essencial.
Trivialidades a parte, meu signo, Escorpião, DIZEM que é regido por Plutão, o
planeta da destruição e da renovação.
É. Talvez tenham razão.
A
gente descobre, depois do processo de destruição de si e da reconstrução de si,
que tem tudo que precisa ao alcance das mãos, que Deus cuida das variáveis, que
felicidade é uma questão de aprender a reconhecê-la nos pequenos detalhes que
fazem sua vida ser legal, nas incríveis pessoas que te querem bem de verdade,
que a paz é inegociável e o sorriso espontâneo é a expressão final desta
catarse.
Eu
sei, eu sou exagerado. Coisa de escorpiano.