“…It's hard to see with so many around
You know, I don't like being stuck in the crowd…”
“Shed a tear 'cause I'm missing you...”. – “Calma,
alma minha”, foi tudo que eu disse hoje à tarde enquanto dirigia nesse nosso
trânsito norueguês, ouvindo o Guns e lembrando-me das suas palavras
desconectadas das atitudes. As mínimas, claro, porque das gerais você é mestre,
my sweetheart. Eu só precisaria viver esse sentimento
com sinceridade, ainda que ele esteja longe dos padrões convencionais do
anti-pecado católico. Não precisa ser longo nem cheio de promessas, eu só não
quero as mentiras, contento-me com as omissões. Por que não? Contudo, e como em
todas as outras experiências, não encontro correspondências na intensidade da
troca, isso mantem meu terreno intacto. As cognitudes construídas no imaginário
coletivo acabam fazendo sucumbir a busca desesperada pela pureza e espontaneidade
do gesto. Mãos que passam ao longe, olhos que caminham para o avesso dos meus,
sorrisos forçados que geram mimos disformes... Então, calma, alma minha! “...just a little patience”. Sei que é difícil no meio de
tantos caminhos mais fáceis e menos densos, pois também compreendo o peso das
minhas palavras e sentimentos, mas atenta para o convite dos olhos, a dança dos
toques, os lábios que te abocanham e que
esperam os seus no mais alto grau de devaneio e lascívia.
Enquanto esse nível ainda lhe é distante, “I
sit here on the stairs... Cause I'd rather be alone...” e fico daqui tentando
enxergar o sol que nunca se põe, as casas abandonas e as ruas sem ninguém, ouvindo
as entranhas da minha alma sedenta de ti cantarem o single do Guns N’ Roses “...You
and I'll just use a little patience.” Just a little patience... some more patience”, a fim de que eu
possa sair ileso e pronto para os porvires do amanhecer.
And the streets don't change but, baby, the names
I ain't got time for the game
(Gotta have some patience, yeah)
'Cause I need you, yeah
Yeah, but I need you
(All it takes is patience, yeah)
Patience