domingo, 15 de dezembro de 2013

E lá vem o Velhinho...


Hoje eu vinha dirigindo pela Avenida ACM rumo à Paralela, ouvindo uma baladinha estilo “Jingle Bells”, era uma noite fria na capital baiana, os sinos já anunciavam a essa altura a Rena Galopante que vem do Norte, boa parte dos meninos sabem, e o sorriso dos adultos já escapa aos lábios, pois há um sentimento de paz e esperança que paira no imaginário coletivo nesta época do ano, como se os problemas do mundo por duas semanas resolvessem hibernar... e lá vem o velhinho, senhores, eu posso sentir. É a magia tomando conta do coração.
As árvores ganham um brilho todo especial, a decoração nas sacadas dos prédios, as janelas dos quintais que já se enchem de sapatinhos, acolhendo os pedidos, pessoas sorrindo e deixando os Shoppings com embrulhos uns mais lindos do que outros, coisas que vi da janela do meu automóvel logo que cheguei ali no final da avenida que homenageia o lendário político, em frente ao Iguatemi... e lá vem o velhinho, meninos, eu já posso ver.
Surpresa!! E lá vinha mesmo o velhinho na minha direção, carro parado no semáforo, dessa vez eu fui o abençoado, pensei, pois percebi que lá vinha o velhinho ao meu encontro, passos vagarosos, olhar terno, rugas, vejam só... cabelos brancos, e ao fundo uma capela do “Bom Velhinho” que tocava no meu DVD, dando emoção ao instante, e enfim, chegou o bom velhinho na janela do carro, dizendo:

- ô, meu filho, eu estou o dia todo sem comer nada, morrendo de fome, por favor me ajude.
- Feliz Natal, Deus te abençoe e que te dê tudo de bom em dobro.

E lá vai o velhinho sem as Renas, maltrapilho, chinelos-pés-no-chão, andar cansado, mãos escuras, sorriso “amarelo-manga”, com uma “ruma” de meninos saltitantes com rodos em punho, garrafas PET, água e sabão à barraquinha de Cachorro-Quente, obedecendo a uma fila improvisada ali, em frente à opulência, à fábrica da alegria e do consumo do outro lado da rua, dizendo SIM, VOCÊS PODEM, convidando todos a fazer parte da magia do Natal.

FELIZ NATAL NA CAPITAL DE TODOS OS SANTOS, ENCANTOS E AXÉ.

Noite feliz, noite feliz...

E não se esqueçam dos sapatinhos, pois “seja rico, ou seja pobre, o velhinho sempre vem”.

terça-feira, 26 de novembro de 2013

DIOGO, O HERÓI DO NATAL




A minha cartinha do Natal Solidário deste ano saiu de uma humilde escola, vizinha ao meu bairro, viajou esperançosa ao correio da Pituba, foi recebida com alegria e encaminhada ao meu trabalho, onde estava pendurada na árvore mais famosa do mundo. De pronto fiquei feliz, pois o garoto Diogo de 04 anos se desenhou... muito lindo... e lá estava escrito "Homem Aranha". Remeteu-me ao meu filho que logo fará 04 anos e é muito fã do escalador de paredes. A diferença é que Papai Noel visita meu filho todos os anos, e nem todas as crianças tem este privilégio. Não é caridade. É quase uma obrigação. Neste mundo onde poucos tem muito, e muitos tem quase nada, precisamos ser solidários, ter consciência social e muito amor ao próximo, a fim de que a nossa "raça" sobreviva. Por isso entendo e faz sentido a frase do Tio Ben, pai de criação do Peter... "Grandes poderes trazem grandes responsabilidades" Benjamin Parker. Desejo ao Diogo que se torne um homem íntegro, e que por hora brinque... brinque bastante, exerça seu direito de ser criança, sorria para todo mundo. Tenho certeza de que a partir deste sorriso, o adulto mais próximo fica melhor, os outros também, e o mundo, então, se ilumina. Obrigado, Diogo. Você é meu super-herói.

terça-feira, 12 de novembro de 2013

E O DEPUTADO TIRIRICA DECIDE CONTINUAR NA POLÍTICA

Rimos demais das nossas desgraças. Esse é o problema!! Parece que viveremos para sempre como aquela empregada doméstica ,extensão da família de outrora, sem direitos, tampouco respeito, que será coagida a lançar aquele sorriso amarelo-desbotado para o filho do patrão que não consegue nunca acertar o buraco da privada. - "Limpa ali, mãe preta". É uma vergonha!!

A TRANQUILIDADE POR PEDAÇOS DE LUA

Permitam-me rascunhar.

Conheci uma moça. Ela se disse vendedora. A mercadoria é caríssima, imaginei! Ela vendeu pedaços de lua que cultivo apenas num canto sensível da lembrança. Nesta noite, e que fique claro, apenas nesta noite, paguei o preço da exposição dos meus segredos mais calados e da minha fragilidade em tons de cinza, às vezes em tons avermelhados dos meus tempos de menino, quando o sonho ainda vivia e a fragilidade era aceitável... Entreguei-me, perdi a bússola, não quis mais achar o caminho do bom senso, e comprei tudo que podia daquela moça. (É só rascunho, depois desenvolvo os detalhes e organizo as ideias). A noite morreu e com ela os pedaços de lua, singela quimera, tão necessária à nossa sanidade. A moça não estava mais lá. A noite não durou. Pelas mãos levou-me aos labirintos do encanto efêmero de ontem, em sendo de certo o meu suplício de amanhã.

A noite parecia tão infinita...

Ao longe vejo uma menina levando seus produtos a outras paragens, o ar gelado em meio às neblinas das serras do extremo sul da Bahia.

E lá vai ela...

Lá vai a vendedora, fazer o SONHO de outros meninos. Lá vai a lua que nesse dia resolveu não se anunciar.

terça-feira, 15 de outubro de 2013

Movimento do “Êh lá em casa”


Bem ... ela tem que me provocar um longo “Puta que pariu”, daqueles que prolongam o “u” com bico, seguido de um hiato silencioso, olhos cerrados, espremidos, testa franzida, seguido do restante da expressão com todas as exclamações devidas, lábios entreabertos ou levemente mordidos, num êxtase profundo, sentido e invejado pelo transeunte mais atento, testemunha do meu espanto diante da presença daquela mulher, ali tão deslumbrante, linda e maravilhosa em sua simplicidade peculiar, desatenta, ensimesmada, gestos à toa, um dia normal... e eu ali só imaginando fazer parte deste movimento que se esvaia na rotina desta moça que mal desconfia do tumulto que provocou. 

Então, meninos, tem que gerar o meu “Puuuuuuu + taquepariu”, o famoso “êh lá em casa”. Caso contrário, aquieto meu espírito e espero o próximo movimento. rs

terça-feira, 8 de outubro de 2013

QUASE GOZO

... e eu a chamei para sair, e ela me chamou de "EXAGERADO COMO SEMPRE".
... e é quase o mesmo exagero de sempre, querida...
e foi quase uma cantada...
Nesse meio tempo quase inventei um SIM, em sendo de certo um NÃO... ora, pois...
E foi quase perfeita esta abafada sexta controversa de inverno...
Quase eu e a mulher mais gostosa do mundo nos pegando com força e o espelho a querer nos capturar na infinita impossibilidade de nós dois...
Quase estávamos ali...
Você quase que existe, mulher...
Nos meus devaneios você quase existe, quase canta, quase geme, quase sorri, quase ... quase...
Quase divertida nos intervalos de um suspiro a outro... aquela Ice... este céu... aquela putaria...
Mais do que tudo isso, eu quase te sinto daqui desse quarto vazio, bagunçado, quase uma caricatura do dono...
Eu pela última vez quase te sinto, neste dedilhar de olhos cerrados.... numa quase poesia...
que nunca se fez
... e que não haverá...

A.M

quinta-feira, 19 de setembro de 2013

O LAGO DOS CISNES

Vem que eu conduzo a dança


as notas nos fará construir pequenos sentidos de vida em algumas horas..

perder a noção de finitude 

encarar a onda

e gozar...

livres , lindos e plurais


Vem sem medo... não vê o lago?
Os Cisnes já se foram.

quarta-feira, 18 de setembro de 2013

SUPREMA VERGONHA NACIONAL

EU PRECISO ME ESFORÇAR MUITO PARA NÃO DIZER QUE TENHO VERGONHA DO MEU PAÍS. Eu juro que queria ficar menos chateado ou não me chatear com a história dos famigerados Embargos Infringentes e todos os salamaleques dos DOUTOS DE TOGA, e já anunciar os caminhos dos meus embalos de sábado à noite, mas não dá, pois eu tenho filho e tenho também consciência de futuro. Não estudei Direito, no entanto imagino que todo processo judicial, todo julgamento deveria ou deve, desculpem os entendidos, produzir um efeito didático na sociedade. Lembro-me, peço venha, que o Tiradentes fora decapitado e suas partes espalhadas pelos recantos da antiga MG no intuito de produzir um efeito didático nos insurgentes daquela pretensa Revolução. Imagino que o suplício público de Jesus Cristo tenha sido executado também com o mesmo objetivo – ensinar alguma coisa à sociedade, seja um ensinamento positivo ou negativo. Quando ponho meu filho de castigo, julgando que ele tenha feito algo de “errado”, estou querendo também produzir um efeito didático. – Ora, filho, de quem é esse alfinete? É do amiguinho pai. Por que você trouxe isso para cá, filho? Isso é seu? Então devolva e venha para casa para receber a sua punição. Claro, foi assim que estudamos e é assim que procedemos com a educação dos nossos filhos. Daí eu pergunto: Qual o efeito didático de uma não-condenação de declarados integrantes de quadrilha, pseudo-representantes do povo, que roubaram um dinheiro que faltou no hospital, que faltou na merenda escolar, que faltou para construir ciclovias que faltou para tudo? Qual o efeito didático de gente que foi denunciada em 2005 e em pleno ano de 2013 recebe o direito de ter mais alguns anos fora da cadeia comendo e bebendo do bom e do melhor, à custa da minha e da sua grana??? Qual???? Qual???? Não dá pra engolir tudo isso, nem dirimir o meu estado de perplexidade diante do voto de uma casa da justiça que passa a mão pela cabeça de bandido, nem me concentrando nos tremeliques e sarcasmos do personagem gay da novela que não assisto, nem com a gostosa que teima em aparecer semi-nua para aumentar a audiência de programa vazio que não suporto, nem mesmo com os parcos gols do meu Vaaaaiii Curintiaaa desta sofrível quarta-feira sombria. É dia de luto para quem tem consciência de nação. Hoje o GOLPE foi duro, pois se não bastassem os 08 anos da denúncia do caso do Mensalão, a Corte Maior do país entendeu que os réus não tiveram o devido espaço de tempo para se defenderem e por isso eles não estariam tendo o seu pleno direito à defesa assegurado. Olha.. e o julgamento tem Foro Privilegiado e os cambal, por isso só pode ser feito ali. E só ali já vamos para 08 anos de enrolação. Meu Deus, combate à corrupção não é constitucional? De que valem as leis frias, o academicismo jurídico estéril se não promoverem em sua essência um sentido de Justiça? Digo-lhes: NADA. Ah, mas alguns dirão: O Supremo não pode e não deve ouvir as vozes das ruas. Ouçam a constituição. Não queremos menos Constituição no julgamento das coisas, queremos mais Constituição. E o que ficará de agora em diante? Mais anos e anos de Vossa Excelência para cá, Vossa Excelência para lá;  --- Olha, Doutor, Data Venha o artigo tal do inciso tal da puta que me pariu e de acordo com as cartas Manoelinas que naufragaram no fusquete do povo, Dr. fulano é merecedor do recurso da peste e do cabrunco. E vamu que vamu de tapinhas nas costas, de joguinhos escrotos que fazem do STF um apêndice partidário... e pererê e parará... e assim vai.  É brincadeira? Putz..  E é só o início, pois o final será a absolvição. Alguém duvida? É tanta coisa para escrever que é melhor eu me recolher ao meu solitário Blog para eu soltar meus cachorros de forma apropriada. Aqui tá dando até processo! Enfim... e o Exagerado Cazuza do alto da sua loucura frenética escreveu assim: " Não me convidaram /
Pra essa festa pobre /
Que os homens armaram pra me convencer /
A pagar sem ver /
Toda essa droga /
Que já vem malhada antes de eu nascer".



terça-feira, 3 de setembro de 2013

Quiria isckeve augo legaú maix fauta educkassão

Bom, Bruninha, eu vou falar como cidadão e não como professor. Então me permita ser informal na resposta, já que é uma entrevista.
É preciso ficar claro que a linguagem é absolutamente dinâmica no tempo e no espaço nos quais se realiza, pois é óbvio que a língua do dominador/colonizador que chegou aqui em 1500 está longe de ser parecida com a comunicação verbal que é produzida na contemporaneidade. É imprescindível recordar que a história do Brasil foi marcada pela miscigenação das três raças, o que permitiu a interação mútua de diversos dialetos indígenas, africanos em convivência direta com o próprio português de Portugal, possibilitando a diferenciação da linguagem que é produzida em Portugal e a que é produzida no Brasil, ainda que se mantenha o rótulo de “Língua portuguesa”, muito embora estudiosos de grandes Universidades do Brasil já desenvolvam teses respeitadíssimas que vão corroborar com a corrente que defende que o português falado aqui pode ser chamado de “língua brasileira”. Precisamos considerar ainda que o viajante do velho mundo que chegou a terras tupiniquins trouxe uma linguagem marcadamente distante da variante culta da língua que era professada nos principais centros culturais de Lisboa, pois se lembre que os primeiros navegantes que desceram das naus lusitanas, trazendo pulgas e doenças, foram degredados, prostitutas, ladrões, insurgentes políticos e agitadores sociais, muitos deles representantes, portanto, de uma variante popular do português. Essas considerações já rechaçam a possibilidade de algum brasileiro ou português falar a língua portuguesa na sua norma padrão, aquela que está descrita em compêndios gramaticais, pois tal realização da língua é absolutamente estéril, são letras frias que não acompanharão jamais a dinâmica e velocidade das nossas necessidades de comunicação e suas recorrentes adaptações aos diferentes contextos que nos são apresentados a todo instante.
Se não me falha a memória, há cerca de dois anos um livro educativo de língua portuguesa adotado pelo MEC foi violentamente ridicularizado pela opinião pública por discutir a noção de erro na língua portuguesa, afirmando que não existem erros no português, e sim, incontáveis possibilidades de realização da mesma língua. Essa reflexão deixou os patrulheiros de plantão estarrecidos, principalmente porque o MEC errou na estratégia ao lançar tal discussão acadêmica para o centro da sociedade sem o devido amadurecimento e esclarecimento dessas idéias. Ora, existe a variante culta da língua que é notoriamente privilegiada pelos centros de poder, principalmente porque é realizada por quem tem a oportunidade de acesso à educação de qualidade, são médicos, doutores do saber jurídico, acadêmicos, professores e etc. Mas a sociedade precisa se conscientizar que não é possível considerar erro, realizações que carreguem a riqueza de traços regionais, pois língua é questão de identidade, língua é fator de diferenciação, língua é riqueza cultural e, por isso não deve ser engessada por nenhuma padronização que desrespeite aos seus usuários e ao mesmo tempo os releguem à invisibilidade social. Portanto, a noção de erro precisa e deve ser relativizada. A linguagem nas redes sociais de mensagens instantâneas como MSN, whatsapp e Facebook  tem seu código linguístico totalmente próprio, é absolutamente pertinente e eficaz para o contexto onde se realiza. Imagina alguém tentar conversar com algum adolescente, hoje em dia, pelo Whatsapp se utilizando de um português rebuscado? Vai acabar comendo mosca e ficando a ver navios na rede social. Eu não estou dizendo com tudo isso que a norma padrão e a variante culta da língua, que são conceitos claramente diferentes, devam ser ignoradas, até porque nosso país é continental, trocamos documentos oficiais de leste a oeste, a comunicação escrita se faz presente em todas as relações sociais, econômicas, educacionais e culturais, então a padronização é importante, mas a valorização da variedade é tão imprescindível quanto a necessidade da norma padrão que aprendemos na escola. Um juiz jamais levará um papo com seu filho em uma linda manhã de sol  na praia de Aleluia da mesma forma como brilhantemente discorre sobre uma sentença condenatória de um deputado corrupto.
Por fim e a despeito do estado de perplexidade que tomou conta da hipócrita sociedade brasileira em pleno século XXI no caso do livro do MEC, peço licença ao poeta antropofágico modernista, Oswald de Andrade, para enriquecer minha reflexão com seu arrojo e coragem, lá em pleno começo de século 20, quando escreveu:


PRONOMINAIS

Dê-me um cigarro
Diz a gramática
Do professor e do aluno
E do mulato sabido
Mas o bom negro e o bom branco 
Da Nação Brasileira
Dizem todos os dias
Deixa disso camarada
Me dá um cigarro.

sexta-feira, 23 de agosto de 2013

O menino e o seu homem

A dor da ausência,
pesa nos olhos
molha a face
faz escurecer o coração do menino/homem

a dor do homem
não se contém em somente arder
fará o cara minguar sofrendo
na fluidez intempestivas das lembranças
no vazio do amanhã
na ausência de uma beira de cama
na vida que deixou de ser
no beijo que não mais será
nos acalentos silenciosos das miudezas
o verdadeiro purgatório do corpo
dos males do dia.

Sofre o pobre homem
coitado
Porque bem sabe o menino dentro dele
que o homem não mais verá o dia
Amanhecer

O AMANHÃ

… diluídas na fluidez das lágrimas
a dor cairá em gotas no chão de terra
e dele, nascerá algo estranho ao meu coração dolorido...
um broto amarelo
A esperança
O amanhã...
Um girassol.

 

domingo, 11 de agosto de 2013

AO MEU CORÔA GATO, CARINHOSAMENTE

Tive no Iguatemi com meu filhinho para comprar um presente para meu pai. Frustrante! Não consegui. No térreo do Shopping, procurei algo que pudesse retribuir todo o cuidado e dedicação que teve comigo na infância, mas não estavam vendendo. No 2º piso, quis um presente que pudesse demonstrar minha gratidão por toda base educacional e os valores que formaram meu caráter na juventude, nada encontrei. No último pavimento, foi a mesma frustração, nada na Mitchell, Lacoste, Richards, Brooksfield ou Calvin Klein que eu pudesse dar conta de agradecer pelas asas que meu pai generosamente me deu durante essa viagem para eu escolher ir aonde meu coração quisesse me levar, a liberdade de chegar em qualquer lugar de cabeça erguida, sem fazer feio em situação alguma, livre para errar e arriscar acertar, sendo uma pessoa de bem. Andando ainda, reparei que a abóbada do Shopping era feita de um material parecido com acrílico, dando vazão ao céu, então exigi que Deus descesse ali mesmo e trouxesse alguma coisa dos céus, porque na terra, nada posso encontrar à altura do homem que me gerou. Durante meus delírios e divagações, meu filho Matheus me puxou pela barra da calça, franziu a testa e disse meio irritado: - "PAPAAIIIIII, Papaaaai, eu quero ver o Vovô, eu quero ver o Vovô. A gente vai na casa do Vovô, papai?" Pronto, Deus havia respondido. Daí... as coisas fizeram sentindo. O maior presente que podemos dar é ficarmos todos juntos, como uma família. " - Vamos sim, meu filho. Vamos dar um abraço gostoso naquele velho." Meu pai, meu herói.

sexta-feira, 2 de agosto de 2013

A MULHER DO ESCRITÓRIO – Parte I (o poder está na República Tcheca)



A mulher do escritório veste um terninho branco - Estilo calabouço. Bolsa preta e branca – modelo ferradura circense, esquecida de um picadeiro em decadência. Hum, só fachada. A armadura esconde uma alegria que está prestes a se revelar. Vou contar só o pouco que sei, enquanto encontro forças para arrumar a cama, estender a toalha e relatar de lembrança o que aconteceu nesta quinta-feira. Sem histórias, pois elas nos foram vedadas pela própria estrela do texto. Eu prometi silêncio nos detalhes, circunstâncias e nomes, em troca de putaria da melhor qualidade.

De início, uma afirmação e uma ressalva.

A mulher do escritório fode feito uma devassa, embora se esconda na carapaça da polidez europeia, mimos da aristocracia e da cara de militar em dia ruim (risos). Paraê, rapaz, eu disse “fode”? Não são termos adequados à mulher do escritório, embora ela seja apaixonada por rituais Sado e impropérios sussurrados com energia ao pé da orelha, pequenos tapas e puxões que ela os recebe pedindo mais e mais, provocando um desafio pactuado ali, onde o outro perderá de certo – uma doce derrota.
A mulher do escritório vive um amor de correntes dentro de casa, porém, ao cair do último botão do terninho branco, deixando os seios à mostra, a noite fica curta nos braços de um vagabundo pop, eleito ali mesmo no espaço-instante do desejo, suvenir de bolsa Louis Vuitton em rave de patricinha de Beverly Hills. Agora de corpo à mostra, lindas pernas abertas, desejando ser atravessada, apertada, cheirada, chupada, comida como se tivesse nascido para aquele propósito, nem de longe lembra a criatura que exala frigidez na anti-sala de reunião do escritório, escondida em vestes engessadas, repelindo qualquer vestígio de testosterona que lhe possa invadir os poros, subvertendo seu autocontrole, despertando atração. HOJE NÃO. Nesta perspectiva, e em circunstâncias outras que não poderei revelar, ela se entrega loucamente, como nunca, possuída por todos os demônios da sedução e do prazer, quer deixar sua marca em todos os cômodos, mas o show é em cima da King Size.
- “Uh, Fuck it
Don't call me though bitch…”

Não há vulgaridades, nem espaço para se diminuir a dignidade da mulher do escritório, mesmo casada com um merda que não a respeita em todos os sentidos. Ora bolas, mero detalhe!! -  Deixa as convenções sociais para a novela das seis.
Ah, detalhe: o vagabundo sou eu. Eu?? SIM, sim. O quê? Calma, filhote!! – Sou a voz que fala no texto e não o cara que digita. Se toca, velhinho!!
Por isso, posso confessar no silêncio vazio do meu blog que...
Ela geme como se construísse melodias, goza como se fosse a eleita da desvirgindade prometida pelos arcanjos da luxúria, e eu desejando apenas ficar ali, DURO naquele tesão eterno onde ela contrai as entranhas úmidas, crava as unhas no meu peito suado, grita bem alto, lá do diafragma às estrelas, trava as pernas trêmulas e depois............aaaah... relaxa, relaxa e relaxa, respirando ofegante num sorriso escroto. Aff...Armaria mainha. Acaba não, mundão! A essa altura, eu não tenho nada a fazer, apenas acompanho o movimento seguinte... As pálpebras daquele SER se levantam lentamente em contemplação, descortinando olhos lânguidos, destituídos de pudor, externando prazer e a boca em mais alguns sussurros, estes mais longos e inteligíveis; dá a impressão de que sua alma vem voltando de uma doce caçada, uma predadora que acabou de abater a presa, encontrando minha face num deslumbramento falsamente contido, petrificado em êxtase por fazer parte da experiência de uma mulher que se liberta pelo encontro com ela mesma, com instintos à flor da pele, afastando por algumas horas o seu mundo insosso e convenientemente construídos à base de correntes. É lindo!!!! Ou pelo menos Foi.
Talvez ela nunca mais volte a ser a mesma. Não irá mais se submeter a carinhos desprovidos de calor e ternura de um bêbado inseguro que ela insistiu e insiste em chamar de marido, sem se lembrar do que ela mesma provou ser capaz. Ah, hoje ela sabe que o poder... ah.. o poder está na República Tcheca. rs

Ela já saiu faz 40 minutos. Eu já ensaiei dobrar o lençol umas duas vezes. Ela veste terninho branco e salto quinzão cor de cobre, rumo ao trabalho. Eu visto suas digitais e arranhões por todo o corpo, enquanto preparo meu Nescau. Da cozinha vejo melhor os cômodos da casa, vejo o quarto revirado, a toalha rosa em cima da cama e um longo fio de cabelo demarcando território, único resquício de um crime sem testemunhas do qual jamais esquecerei. A mulher do escritório, por uma noite, arriscou cometer o crime de ser feliz, gozando a liberdade de se dar, pois fez o que realmente tinha vontade, desde que abandonou a pacata Vitória. Ela se sentiu mulher, por ela mesma. Eu fui apenas o coadjuvante privilegiado da vez, por isso pouco sei, além do que ela me permitiu saber naquela tarde-noite de quinta-feira.

É, meu amigo, cama desarrumada é história pra mais de metro. 

terça-feira, 2 de julho de 2013

POR ENQUANTO


Tenho muitas saudades dos meus amigos. Tenho saudades especialmente da pessoa que eu era quando estava ao lado deles. Não quero sentir falta do meu passado. Ninguém vive com uma lanterna na traseira. Só sinto. O deslocamento "natural" da vida nos leva para outras paragens, outros paraísos, outras esferas, mas não há lugar melhor no mundo do que o recanto do seu ser, aquele lugar onde tu és único, singular e especial. Por enquanto, saudades apenas.

"Gosto das belas coisas claras e simples, das grandes 
ternuras perfeitas, das doces compreensões silenciosas, 
gosto de tudo, enfim, onde encontro um pouco de Beleza 
e de Verdade... 
Porque há ainda no mundo, graças a Deus, almas-astros
onde eu gosto de me refletir, almas de sinceridade e de 
pureza sobre as quais adoro debruçar a minha..."

Florbela Espanca

domingo, 30 de junho de 2013

MANGA, COCA-COLA, MADRUGADA E ÁLCOOL


Pisas com a segurança delicada de uma bailarina lunar o terreno acidentado das minhas fantasias. É assim todas as noites. Um vício, uma ideia que estremece as bases das minhas certezas pela manhã. Ora, não há certezas, isso eu sei faz tempo. Lá só há caos, som, fúria e você a ignorar minhas defesas, meus apelos, meus insultos. Um total absurdo. Você sorri da minha cara de dúvida, com a lascívia de Afrodite e a doçura de uma criança. E depois o breu predomina. Como quase tudo que é sonhado, precisa-se de olhos e de uma pitada de razão para conseguir decodificar as mensagens. Quase nunca consigo lograr êxito na empreitada. Mal vejo e, sobretudo, mal entendo. Este último fica mais prejudicado porque também não quero entender.

Não sei bem como continuar...

Talvez eu nem deva saber. Prosseguir é um risco aos meus paradigmas, um risco ao modo como me vejo e como projeto minha imagem na sociedade, pois acordo sempre com desejo de mudança. No meu sonho nada é o que parece ser. Ou seriam fantasias.. Desejos? Bem. Não importa. Com sobrancelhas altas e olhar questionador, a realidade passa a ser contestada em sua rotina insossa, lânguida, parasita, estática, quadrada e mentecapta. De repente, sinto uma brisa gélida vinda do norte, arrepiando tudo, para me lembrar que a vida é o que acontece, é o que se sente, é o que se devolve, é o que dói, é o grita e é o que também arrepia.  Então, está fácil, rapaz. ... por que não estou sorrindo? Vixe.. pergunta difícil. No meu sonho só há sensações, por isso chega de questionamentos.

Só sei que faço um esforço danado para lembrar dos motivos para prosseguir sem mudar a rota, mas sei que o deslocamento por vezes é inevitável. É um germe de alguma coisa que talvez eu nem suporte. Quem há de saber?

O sonho termina sempre igual. Não há cenas conexas. Apenas o frisson de uma fuga, o eco dos meus segredos vindos de todas as partes, seus olhos de HERA a me tragar para o fundo, e depois uma multidão aplaudindo o fim de uma revolução que acabara de chegar ao seu desfecho. No fim dos aplausos, o vazio, a ausência de luzes, um palco desabitado e você a me deixar, mais uma vezes, no vazio, bailando para o além dos sonhos ou das fantasias inverossímeis, das madrugadas, dos seus olhos cor de mistério, dos meus medos indissolúveis, das suas não-entregas terrenas, das minhas expectativas endeusadas, e, principalmente, como acontece todas as noites, e como não poderia deixar de ser -  sem se despedir de mim.

quinta-feira, 20 de junho de 2013

ESTADO OPRESSOR

ASSIM COMO EU, QUEM ESTEVE OU ESTÁ LÁ ATÉ AGORA PODE DIZER COM CERTEZA ABSOLUTA: A manifestação é extremamente pacífica e quem começa a pancadaria é a polícia. Ou melhor, é a mão opressora do Estado a quem nós confiamos o voto, a quem nós ungimos ao posto de comando para nos representar, para nos servir e proteger. O que vemos é a terrível contradição DE UM GOVERNO ELEITO PELO POVO, COAGINDO e MACHUCANDO gente de bem, CERCEANDO O DIREITO CONSTITUCIONAL DE MANIFESTAÇÃO POPULAR. Vimos adolescentes e crianças, cujas armas eram cartazes e gargantas, sendo recebidos a bala de borracha e bomba de efeito moral ao chegarem nas imediações da Católica e do Dique. Lamentável. Pois é GOVERNADOR, POIS É SENHORA PRESIDENTA... nós entendemos o recado. Ardem olhos, pele e garganta do spray, bombas e cassetetes. Entendemos o recado. Daremos o troco. As eleições estarão aí em 2014. Vocês estão conseguindo, apesar de tudo, perder as eleições de forma antecipada!! Falando por mim, eu prometo jamais esquecer os atos de covardia praticados pelo ESTADO na tarde/noite de hoje em Salvador. Crianças, jovens e adultos em exercício do seu direito constitucional, sendo recebidos com a mão forte do aparelho de estado. NÓS IREMOS LEMBRAR. A campanha vai ser aqui. Vem pra rua!! Parabéns aos cara-pintadas do novo século. Parabéns!! A luta precisa continuar!!


"Sonha e serás livre de espírito... luta e serás livre na vida". Gente... ninguém aqui deve se sentir tapado se amanhã ou depois descobrir de fato que o movimento foi oportunista por razão dos holofotes da Copa. Não se sinta massa de manobra porque existem partidos políticos imbuídos em estragar a imagem do governo para o mundo. Não se sinta mal se você, como eu, é contra o passe livre e acredita que por isso não deva ir às ruas. Nada disso, rapaz! Se indigne e vá às ruas pelos motivos que você julgar importante. Eis os meus: Tenho raiva de viver num país que está imerso na lama da corrupção; tenho raiva do salário que recebia, quando era efetivamente professor; Constrange sair de casa e ver crianças na lixeira lá perto de casa procurando o que comer pela manhã; tenho ojeriza dos nossos representantes que não representam absolutamente ninguém, dispondo de salários astronômicos, décimo terceiro, quarto, quinto e dois recessos por ano, afrontando o trabalhador assalariado; A saúde pede socorro; a educação deseduca depois dos 8 anos; a violência cala sonhos, faz barulho e estremesse o espírito; E principalmente, vá ou não vá às ruas de coração, para que você possa dormir de consciência tranquila. A luta é muito maior do que o suposto passe livre, ganhou a proporção da nossa indignação! Até a próxima!!

terça-feira, 19 de março de 2013

MOTIVOS DO SOL


Tudo lhe parece ser tão desnecessário. É como se já tivesses encontrado muito cedo o sentido das coisas, e por isso tão rápido, humano que és, tu também tivesses perdido o encanto pelo mistério, pois não o há verdadeiramente. O jeito é caminhar e procurar escavar os motivos. Motivo do e para quê? Não se sabe. Vai e apenas torça para estares enganado, embora entendas que para se sentir enganado seja preciso descobrir-se novamente. E a descoberta faz apagar as luzes da curiosidade, projeta uma luz de candeeiro no óbvio. Santa controvérsia, via crucis do nada que pega em sua mão, convida para um passeio e te deixa no vazio. Descobrir é o céu. Viver no descoberto é um saco!! Sim, eu sei! Eu sei que ir em busca de um sol que está sempre se pondo salva e condena. É uma condição que aprisiona, pois as velhas formas de fuga são repetidas a exaustão. E ao final do túnel, a gente se vê sozinho, com frio, com medo e apenas com uma colher de presidiário na mão, pronto para voltar a fazer o óbvio. RECOMEÇAR.

quinta-feira, 21 de fevereiro de 2013

OBVIEDADES

O mundo dos meninos é tão óbvio e as meninas ainda conseguem se perder no meio do caminho. Um caminho chato, insosso e que dá no mesmo lugar. Calma, meninos, não vou entregar vocês não! Fiquem tranquilos! Quando os meninos decidem sair da caixinha da obviedade, elas simplesmente surtam, não entendem e desaparecem!! rsrs ... são movimentos que dão no óbvio, que são chatos, mas que as meninas e meninos não querem deixar de fazê-los. A estranheza, que poderia nos levar ao caminho do sorriso, causa o mais previsível e natural dos sentimentos humanos - MEDO. Entenderam? Claro que não. Ah, eu também não! É a insônia! Perdoem-me, mas quem tem medo do desconhecido, tem medo do progresso e é incapaz de dar um passo fora do quadrado para arriscar ser feliz! Esqueçam! Boa noite! rs

AS NUVENS DE OUTONO

Eu quero abocanhar sua literatura com as presas da imaginação... suar frio, suar abafado, suar versos respingados no chão do encantamento. Em devaneios mil estarei a esperar a chuva que já secou, mas que promete voltar como tempestade, para quem sabe aplacar a seca impiedosa que sempre há de morar em mim. Tua literatura é o meu oásis de Outono, onde sempre hei de me molhar.

AOS CÚMPLICES

Ah, amigos, a gente se conhece mais do que qualquer um, falamos a mesma linguagem, suamos os mesmo versos, externamos sentimentos livres e humanos, sem o pudor da crítica que nos paralisa. Aos outros eu sou a carapaça que me veste e me permite não ser preso em uma camisa de força qualquer, e com vocês, queridos amigos, EU SOU e, principalmente, me permito NÃO SER também.

domingo, 17 de fevereiro de 2013

Dedicado a Thaiane

... Deixo as flores para serem cuidadas no lugarzinho natural delas... a fim de que não percam o brilho, a textura, o aroma e o encanto, como tudo que é tocado pelo homem. Contento-me em observá-las como uma criança de mãos no queixo, olhos de descobrimento, de cima dos muros, nos finais chuvosos de tarde e em constante estado de contemplação, para que, depois do temporal, menino e flor sejam parte una da mesma paisagem...

terça-feira, 12 de fevereiro de 2013

A DOR É TIMBALEIRA

A dor foi caminhar e se perdeu por aí 
Varri a saudade
Troquei a fechadura da casa 
Coloquei um pierrô
E o coração ficou de graça na Avenida.

Ô Deus, desejo à dor um encontro frenético com a tribo dos timbaus
Que a faça se perder e se encontrar
Como eu aqui estou
Perdido em êxtase
Fantasiado de alegria
Com meus penduricalhos a mostra
As cordas do axé me atendo ao trio
E minhas vergonhas na puta que a pariu.

Feliz, nas cinzas de quarta, a dor há de retornar
Também desfigurada
Talvez bêbada
Vestida de Timbaleira
E agradecida
Para nunca mais desbotar o colorido do meu carnaval.

sábado, 9 de fevereiro de 2013

A alma de uma Rainha

Acolho emocionado tão singela alma a que todo o reino venera, recebo-a com pedaços de nuvens cor de rosa, plumas brancas e girassóis que enfeitarão a sua tão iluminada fronte.. Tua alma é meu sonho e teu corpo é onde quero me prender, me entregar, me encontrar e me libertar todas as manhãs. Desejo-lhe por completo, minha rainha. 
Ó Deus, tende piedade deste incauto amante, pois, para as coisas do amor, sou todo líquido, sou todo miopia e agonia, padeço do único pecado de amá-la muito e amiúde. Oh, pobre e traiçoeiro coração que não entende as necessidades do corpo, quando ao contrário busca conquistar aquilo que nunca esteve lá para ser conquistado, procurando o sublime na calada da noite, sem barulhos ou estardalhaços. 
Ungi-me, senhor, com a coragem necessária para ir-me em busca da minha amada, ou arranca-me a luz dos olhos para sempre. Liberta-nos, senhor, das cognitudes do anti-pecado católico para que nós possamos vivenciar esse amor proibido em sua plenitude. Bem sei eu dos riscos de tamanho salto, mas permita-me fazer o Vôo de Ícaro e encontrar o meu sol maior, a razão das minhas palpitações descompassadas e dos meus mais gostosos devaneios. Ah, minha linda rainha, atenta para o convite dos olhos, a dança dos toques, os lábios que te abocanham e que esperam os seus no mais alto grau de devaneio e lascívia. Em nome desse amor e desejo, renuncia ao seu trono e foge comigo rumo à felicidade, cavalga comigo pelos vales encantados do prazer e vem descobrir onde nasce o sol que, com certeza, será onde Deus expurgará todos os nossos pecados. Renasceremos pelo amor e despertaremos juntinhos para ouvirmos todas as manhãs os passarinhos.
Um beijo carinhoso, my honey,
do seu, pra sempre seu...

terça-feira, 8 de janeiro de 2013

Baixando o nível


Gente, vou lhes contar uma cena trágica na minha vida. Tenho um amigo que brada aos quatro ventos que o consumo de drogas está cada dia mais pesado na sua rua e que não agüenta mais tóxicos como: New Hit, Black Style, Gueto gueto (tem esse?), um outro cabrunco-gueto feio de cabelo vermelho, que não me recordo o nome e outras peças raríssimas do seleiro musical baiano, mas eu quero dizer a todos que miséria pouca é bobagem. Se liga aí! Estava eu adentrando a uma loja no Centrão da cidade para comprar um catatal de produtos para um aniversário de criança e fui pego de surpresa com “cutuques” das vendedoras e risadas meio como um alarido de araras aparentemente por minha causa (Tudo bem que a malhação não fez lá os efeitos para me elevar do patamar da invisibilidade social para o Olímpo das beldades de Reality Show, mas pow eu dou para gasto, véi! Eu não estava ridículo. Juro! Rolou até um bonezinho de piva, todo estiloso!! Eita nóis!!). Enfim... o fato é que uma delas me pediu desculpas e me disse que as meninas estavam histéricas porque, olhe..., SEGUNDO elas, eu estava na pegada do ROBSÃO!! Puta que pariu!!! Puta que pariu! E... puta que pariu!! Gente... vou lhes confessar, jamais fui tão bem tratado numa loja! Cara... o Robsão? O Robsãããããão?!! Inclusive, não quero ser hipócrita, mas me vi certa vez em um carnaval fora de época numa cidade lá de Sergipe onde tocava o tal Black Style do famigerado Robsão, segundo os fãs, “O POETA DO PAGODE”. Foi um dia pra esquecer!! Quero encerrar dizendo que aprendi a dancinha da música dele... “ai, ai , ai, ui, ui, ui... aiiaiaiaiaiaia .. uiui” Ele levou 45 minutos nesta pegada. Eu tive pouca dificuldade para pegar o ritmo! Será que foi isso, meu Deus??!! Sim, alguém vai reclamar mais de alguma coisa?? Hein?! ME AJUDA AÊ ÔOH!!! EU ESTOU MORRENDO AOS POUCOS! rsrsrsrrs