quinta-feira, 1 de março de 2012

INSTANTES DE SILÊNCIO

Que dia estranho o de ontem. Ps. Eu sou filiado a um movimento do qual sou o único representante (pelo menos lá em casa), diretor e militante. Movimento Pelo Direito de Ficar Sozinho e de Celebração do Silêncio e da Paz de Espírito.Os telefones tagarelaram o dia inteirinho no trabalho como se quisessem me enlouquecer, mas não conseguiram. Esse aparelhinho é meu maior desafeto. À noite, em meio a caminhada anti-obesidade no centro da paralela, mais precisamente no Memorial do Luis Eduardo, respirei fundo, procurei o silêncio como sempre tento e daquela vez estranhamente consegui. Foi incrível. Sorri. Fechei os olhos, abri os braços e chorei. Havia o mundo exterior paralisado - obliterado? Deus havia finalmente desistido de nós só um pouquinho? Ou eu é quem tinha encontrado uma forma de calar o peso do mundo em mim?  Hoje vim me dar conta do perigo destas sensações, e me assustei. O mundo acabou de me lembrar que toda vitória deixa marcas, Pois bem, conclusão: O BARULHO DO COTIDIANO SE TORNOU PARTE DO MEU SILÊNCIO ABSOLUTO. O inimigo agora faz parte de mim. Com isso, temo perder a capacidade de perceber o DETALHE, O INSTANTE PRECIOSO DO DETALHE, pois sei que as minhas idiossincrasias, ainda que me doam na carde, são a base de tudo aquilo que deixa minha casa instável, deslocada e pronta para REFORMAS.

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