Tive no Iguatemi com meu filhinho para comprar
um presente para meu pai. Frustrante! Não consegui. No térreo do Shopping,
procurei algo que pudesse retribuir todo o cuidado e dedicação que teve comigo
na infância, mas não estavam vendendo. No 2º piso, quis um presente que pudesse
demonstrar minha gratidão por toda base educacional e os valores que formaram
meu caráter na juventude, nada encontrei. No último pavimento, foi a mesma
frustração, nada na Mitchell, Lacoste, Richards, Brooksfield ou Calvin Klein que
eu pudesse dar conta de agradecer pelas asas que meu pai generosamente me deu
durante essa viagem para eu escolher ir aonde meu coração quisesse me levar, a
liberdade de chegar em qualquer lugar de cabeça erguida, sem fazer feio em
situação alguma, livre para errar e arriscar acertar, sendo uma pessoa de bem.
Andando ainda, reparei que a abóbada do Shopping era feita de um material
parecido com acrílico, dando vazão ao céu, então exigi que Deus descesse ali
mesmo e trouxesse alguma coisa dos céus, porque na terra, nada posso encontrar
à altura do homem que me gerou. Durante meus delírios e divagações, meu filho
Matheus me puxou pela barra da calça, franziu a testa e disse meio irritado: -
"PAPAAIIIIII, Papaaaai, eu quero ver o Vovô, eu quero ver o Vovô. A gente
vai na casa do Vovô, papai?" Pronto, Deus havia respondido. Daí... as
coisas fizeram sentindo. O maior presente que podemos dar é ficarmos todos
juntos, como uma família. " - Vamos sim, meu filho. Vamos dar um abraço
gostoso naquele velho." Meu pai, meu herói.
Emocionou ...
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